Professores orientam família a ser parceira da escola, incentivando a leitura por meio do exemplo, desde cedo. Não é por acaso que o Português é cobrado em todas as avaliações de larga escala do país e a cada dia ganha mais espaço nos vestibulares. Conhecer bem a língua materna é o pré-requisito para aprender qualquer disciplina. Ainda assim, o desempenho dos alunos avançou pouco na área nos últimos anos. De acordo com os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2009, a nota dos estudantes aumentou cerca de 5% em relação à edição anterior, publicada em 2007.
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O índice, divulgado nesta semana, indica que a nota dos alunos de 1ª à 4ª série do ensino fundamental passou de 183,02 em 2007 para 193,29 no ano passado. Entre os alunos de 5ª à 8ª série a evolução foi menor: passou de 238,58 para 250,16.
Para a diretora pedagógica da Escola da Ilha/Florescer, Sandra Kretli, família e colégio devem se unir para despertar o interesse da criança e do adolescente pelo idioma.
"A família pode ajudar, mas a escola tem a função de sistematizar o conhecimento. No caso da alfabetização, por exemplo, cabe ao professor ensinar. Mas os pais podem contribuir de várias formas. Eles podem ler para as crianças e conversar sobre os textos com eles, por exemplo", diz.
Já Cleonara Maria Schwartz, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Ufes, acredita que a escola tem uma tarefa ainda mais importante do que os pais no processo de aprendizagem da língua formal.
"O aluno antes de chegar à escola já é um falante do Português. Ele já domina a língua na modalidade oral. Ele vai à escola para aprender a linguagem escrita. Portanto, a aprendizagem da linguagem escrita é uma tarefa da escola. A responsabilidade pelo não aprendizado da linguagem escrita na escola não pode ser atribuída à família ou as condições sociais e econômicas do aluno. Pensar nessa direção é negar a função social da escola. A família pode ajudar no processo ensino-aprendizagem da língua materna, garantindo o acesso do aluno à escola", opina.
O secretário de Educação do Espirito Santo, Haroldo Correa Rocha, destaca que a rede estadual também investe no estímulo ao aprendizado do Português. "Estamos melhorando o ambiente das bibliotecas. Para isso, definimos um novo mobiliário que chegará a 150 escolas neste ano. Em termos de acerto, há cerca de 4 milhões de livros na rede. Além disso, as escolas têm muitos projetos de leitura e incentivam a participação na Olimpíada de Português, que está em andamento", afirma. Todas as 458 escolas contam com acervo bibliográfico, mas a biblioteca funciona em locais adaptados em 155 delas.
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